-Glória
Então meninos (as), como disse vou ajuda-los nos assuntos
relacionados a literatura. Vou começar
falando do Trovadorismo, Humanismo e Classicismo.
O Trovadorismo foi a primeira
escola literária portuguesa. Teve inicio em 1189 ou 1198, com a cantiga da
Ribeirinha.
Tinha versos originalmente feitos
para serem cantados, que foram divididos em dois grandes grupos: as cantigas
líricas e as cantigas satíricas.
Nas cantigas líricas, existiam
ainda dois grupos: as cantigas de amor e as cantigas de amigo. As cantigas de
amor se caracterizavam pela influência provençal (cidade da Provença na
França), eu lírico masculino, amor mental, estrutura complexa, pouca repetição
de versos e ambiente palaciano. (Gente que amor! Se isso acontecesse nos dias
de hoje...).
As cantigas de amigo se caracterizavam pela
influência do povo, presença de natureza, eu lírico feminino, repetição de
versos (refrão) e amor terreno. (sempre a mulher se lamentando pelo seu amado).
As cantigas de satíricas podem
também ser divididas em dois grupos: cantigas de escárnio e de mal dizer. As
cantigas de mal dizer a presentavam sátiras diretas, com citações nominais e
com uso de linguagem chula, porém, sendo todos esses artifícios utilizados nas
cantigas de escárnio, o que á diferencia da cantiga de maldizer é a sátira direta
e sem citação nominal.
E como falar de Trovadorismo sem os trovadores? Pois bem. Na lírica medieval os trovadores eram artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (as poesias cantadas).
Os trovadores de maior destaque na
lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós,
João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
Nem só de poesia viveu o
trovadorismo minha gente!. Também floresceu um tipo de prosa ficcional, as
novelas de cavalaria, originárias das canções de geste francesa (narrativas de
assuntos guerreiros), onde havia sempre a presença de heróis cavaleiros que passavam por situações
preciosíssimas para defender o bem e vencer o mal.
Como o avanço na expansão ultramarina portuguesa e a chegada
do renascimento, surgiu um novo movimento literário em Portugal:
O Humanismo. Iniciando em 1417, com a nomeação de Fernão
Lopes como guarda- mor da torre do tombo, foi um movimento que exaltava o homem.
Seu primeiro expoente foi Fernão
Lopes, que complicou toda a história de Portugal, desde a época de rei D.
Pedro, até D. João. Teve destaque pelo modo natural de escrever, pela escrita
sobre fatos históricos, sem influência
do clero nem da nobreza e também pela inclusão do povo tendo alguma
‘‘voz’’.
Outra vertente do humanismo manifestou-se com
a poesia palaciana, que versava sobre assuntos diversos, como o amor, a vida na
corte, a ganância do homem, entre outros. Seu maior representante foi Garcia
Resende, que não só escreveu como compilou no cancioneiro geral muitas obras
desse período.Outra vertente do humanismo manifestou-se com a poesia palaciana, que versava sobre assuntos diversos, como o amor, a vida na corte, a ganância do homem, entre outros. Seu maior representante foi Garcia Resende, que não só escreveu como compilou no cancioneiro geral muitas obras desse período.
Um
outro importante expoente desse período foi Gil Vicente. Teatrólogo, fez sua
primeira peça (auto da visitação ou monólogo do vaqueiro) para parabenizar o
nascimento de D João. Em algumas décadas fez 44 pecas, entre elas "O auto
da barca do inferno", "Auto da alma", "Quem quer
farelos" e "A farsa de Inês Pereira". Fez suas peças em duas
vertentes: as alegóricas e as narrativas. A primeira era uma critica aos
costumes da igreja e da sociedade e a segunda descrevia com começo, meio e fim
a vida da sociedade da época, com peças pastoris (éclogas) e peças que
versavam e faziam engraçadas atitudes do dia a dia (farsas). Mesmo fazendo
criticas à igreja, fazia isso com elegância e graça, se destacando com um dos
mais importantes teatrólogos da história de Portugal.
Com
a concretização do renascimento na Europa, foi possível um novo aperfeiçoamento
da literatura, com precedentes como Dante e Petrarca. Foi criado o doce estilo
novo, que trouxe o soneto, forma de poesia dividida em dois quartetos e dois
tercetos, e a medida nova, com versos decassílabos. Este novo período, chamado
classicismo, também teve destaque em Portugal.
Sua obra épica é considerada uma das mais importantes. Mistura fatos históricos com mitologia grega, sendo dividido em 10 cantos com um total de 1102 estrofes de oitava-rima (decassílabos com oito versos cada um, tendo estrutura de rima abababcc). Começa contando a ida de Vasco da Gama para a Índia, quando estão entre Moçambique e Mombaça, onde quase caem em uma armadilha, sendo salvos por Vênus. Vão para Melinde, onde são bem recebidos e Vasco da gama conta a historia de Portugal.
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