quinta-feira, 25 de junho de 2015

Trovadorismo, Humanismo e Classicismo

-Glória

Então meninos (as), como disse vou ajuda-los nos assuntos relacionados  a literatura. Vou começar falando do Trovadorismo, Humanismo e Classicismo.

O Trovadorismo foi a primeira escola literária portuguesa. Teve inicio em 1189 ou 1198, com a cantiga da Ribeirinha.

 Tinha versos originalmente feitos para serem cantados, que foram divididos em dois grandes grupos: as cantigas líricas e as cantigas satíricas.
Nas cantigas líricas, existiam ainda dois grupos: as cantigas de amor e as cantigas de amigo. As cantigas de amor se caracterizavam pela influência provençal (cidade da Provença na França), eu lírico masculino, amor mental, estrutura complexa, pouca repetição de versos e ambiente palaciano. (Gente que amor! Se isso acontecesse nos dias de hoje...).
 As cantigas de amigo se caracterizavam pela influência do povo, presença de natureza, eu lírico feminino, repetição de versos (refrão) e amor terreno. (sempre a mulher se lamentando pelo seu amado). 

 As cantigas de satíricas podem também ser divididas em dois grupos: cantigas de escárnio e de mal dizer. As cantigas de mal dizer a presentavam sátiras diretas, com citações nominais e com uso de linguagem chula, porém, sendo todos esses artifícios utilizados nas cantigas de escárnio, o que á diferencia da cantiga de maldizer é a sátira direta e sem citação nominal.     
E como falar de Trovadorismo sem os trovadores? Pois bem. Na lírica medieval os trovadores eram artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (as poesias cantadas).

 Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.
Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

Nem só de poesia viveu o trovadorismo minha gente!. Também floresceu um tipo de prosa ficcional, as novelas de cavalaria, originárias das canções de geste francesa (narrativas de assuntos guerreiros), onde havia sempre a presença de heróis  cavaleiros que passavam por situações preciosíssimas para defender o bem e vencer o mal.
Como o avanço na expansão ultramarina portuguesa e a chegada do renascimento, surgiu um novo movimento literário em Portugal:
 O Humanismo.  Iniciando em 1417, com a nomeação de Fernão Lopes como guarda- mor da torre do tombo, foi um movimento que exaltava o  homem.

 Seu primeiro expoente foi Fernão Lopes, que complicou toda a história de Portugal, desde a época de rei D. Pedro, até D. João. Teve destaque pelo modo natural de escrever, pela escrita sobre fatos históricos, sem influência  do clero nem da nobreza e também pela inclusão do povo tendo alguma ‘‘voz’’.
 Outra vertente do humanismo manifestou-se com a poesia palaciana, que versava sobre assuntos diversos, como o amor, a vida na corte, a ganância do homem, entre outros. Seu maior representante foi Garcia Resende, que não só escreveu como compilou no cancioneiro geral muitas obras desse período.Outra vertente do humanismo manifestou-se com a poesia palaciana, que versava sobre assuntos diversos, como o amor, a vida na corte, a ganância do homem, entre outros. Seu maior representante foi Garcia Resende, que não só escreveu como compilou no cancioneiro geral muitas obras desse período.
Um outro importante expoente desse período foi Gil Vicente. Teatrólogo, fez sua primeira peça (auto da visitação ou monólogo do vaqueiro) para parabenizar o nascimento de D João. Em algumas décadas fez 44 pecas, entre elas "O auto da barca do inferno", "Auto da alma", "Quem quer farelos" e "A farsa de Inês Pereira". Fez suas peças em duas vertentes: as alegóricas e as narrativas. A primeira era uma critica aos costumes da igreja e da sociedade e a segunda descrevia com começo, meio e fim  a vida da sociedade da época, com peças pastoris (éclogas) e peças que versavam e faziam engraçadas atitudes do dia a dia (farsas). Mesmo fazendo criticas à igreja, fazia isso com elegância e graça, se destacando com um dos mais importantes teatrólogos da história de Portugal.

Com a concretização do renascimento na Europa, foi possível um novo aperfeiçoamento da literatura, com precedentes como Dante e Petrarca. Foi criado o doce estilo novo, que trouxe o soneto, forma de poesia dividida em dois quartetos e dois tercetos, e a medida nova, com versos decassílabos. Este novo período, chamado classicismo, também teve destaque em Portugal.

 Seu inicio oficial ocorreu em 1527, com a volta de Sá de Miranda da Itália, donde trazia novidades estilísticas. O maior expoente português do classicismo foi Camões. Com suas duas principais obras marcou seu nome na historia. A primeira vertente é a lírica. Armazenado no livro rimas (1595), apresenta éclogas, odes, cantigas, mas com principal destaque para seus 204 sonetos. Versam sobre 3 temas: o amor, o neoplatonismo (contrariedade e complexidade do sentimento; ora carnalmente, ora mentalmente) e os desacertos do mundo e sobre a natureza. 
Sua obra épica é considerada uma das mais importantes. Mistura fatos históricos com mitologia grega, sendo dividido em 10 cantos com um total de 1102 estrofes de oitava-rima (decassílabos com oito versos cada um, tendo estrutura de rima abababcc). Começa contando a ida de Vasco da Gama para a Índia, quando estão entre Moçambique e Mombaça, onde quase caem em uma armadilha, sendo salvos por Vênus. Vão para Melinde, onde são bem recebidos e Vasco da gama conta a historia de Portugal.




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